Você está de repouso por causa da labirintite?
Como eu escuto essa frase….
É uma crença popular, mas que pode atrapalhar muito!
Imagina que você não use um órgão do corpo, como um braço, por exemplo quando está imobilizado (com gesso) depois de ter “quebrado” (fraturado). Como ele vai ficar? Vai atrofiando e cada dia fica mais difícil de mexer e de recuperar.
Com o labirinto acontece o mesmo. Quanto mais ficamos imóveis, só deitados, sem nenhum movimento, menos o labirinto trabalha e mais tempo ele demora para se recuperar.
Na hora da crise, em que a pessoa está vomitando, ela realmente não tolera quase nenhum movimento, mas logo depois que ela toma o remédio e ele faz efeito, a pessoa deve começar a se movimentar. Claro que ela não vai conseguir fazer exatamente tudo o que fazia antes, muito menos na velocidade de antes. Mas deve ir retomando todas as suas atividades do dia a dia, fazendo devagar, uma coisa de cada vez, das atividades mais simples às mais complexas.
Nada de ficar com medo e insegurança para fazer o que fazia em casa antes da crise. Quanto mais independente a pessoa ficar, mais rápido ela vai recuperar.
Já disse antes que usamos remédio o menor tempo possível, pelo mesmo motivo. A maioria dos remédios para enjoo e tontura são sedativos do labirinto, o que é necessário nos primeiros dias, mas passado esse período, ele podem atrapalhar a retomada de função do labirinto.
Só deve evitar mesmo o que tem risco de acidente, como dirigir, subir em alta, mergulhar em profundidade… essas atividades só devem ser feitas quando o paciente estiver completamente recuperado.
Dra Kênia Assis Chaves
Médica Otorrinolaringologista
CRMMG 52018
RQE 33072
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