Nessa entrevista cedida ao MGTV do dia 17/042024, a dra Kênia explica que o cigarro pode causar desde irritação das pregas vocais, rouquidão, deonças benignas da voz, depois a lesões pré-malignas e malignas (câncer).

A laringe é um dos primeiros órgãos do corpo a entrar em contato com a fumaça do cigarro, que lesa as pregas vocais através da própria temperatura quente, e deposita substâncias cancerígenas muito concentradas em sua superfície. No início, isso causa apenas ressecamentos das pregas vocais e sinotmas de pigarro e tosse. Depois, evolui para doença de Reinke, que é inchaço das pregas vocais que causa rouquidão e uma voz muito grave (a voz da mulher pode ser confundida com voz de homem). Essa lesão é benigna e é tratada com cessação do tabagismo, fonoterapia e, nos casos de insucesso, cirurgia.

O próximo estágio já é das doenças pré-malignas, ou seja, leucoplasia (manhachas brancas) e eritroplasia (manchas veremelhas). Essas lesões têm que ser retiradas através de cirurgia para não evoluírem pafra câncer.

Por último, o câncer das pregas vocais, cujo principal fator de risco é o tabagismo. Quanto maior a carga tabágica (quanto mais cigarros por dia e quanto mais tempo de fumo), maior o risco de câncer.

Fumantes devem ser submetidos a videolaringoscopias periódicas, que é o exame que detecta todas as lesões causadas pelo cigarro, tanto as benignas quando as malignas, e inclusiv e no estágio precoce, quando o tratmento é mais simples e efetivo.

Dra Kênia Assis Chaves

CRMMG 52018

RQE 33072